Estrutura da Terra


 


   ESTRUTURA DA TERRA

                   ⮑ Sendo o quinto maior planeta de seu sistema, a Terra tem origem estimada de 4,5 bilhões de anos e sofrendo alterações em sua estrutura desde então. Na atualidade, a Terra é considerada o único corpo celeste capaz de abrigar vida, tendo cerca de 71% da superfície coberta por água e 12756 km de diâmetro.

                                    Como estudar a Terra?

      Por conta de sua grande dimensão e seu material interno, realizar estudos sobre o interior possui certa dificuldade. No entanto, foram descobertos alguns meios não tão precisos para podermos ter ideia do material da Terra.  Entre eles estão:

  1. Poço ➝ 100 m
  2. Mina ➝ 4 km
  3. Vulcão ➝ Através do estudo da lava que sai do vulcão é possível criar teorias sobre a composição química do manto
  4. Erosão ➝ agentes: vento, água..., podendo resultar em canions
  5. Terremotos ➝ sismos
  6. Explosões controladas 
  7. Poços petrolíferos ➝ 7 km
  8. Estudo de meteoritos ➝ 98% NiFe ➝ método menos confiável




                   CAMADAS DA TERRA

         Para entender melhor a estrutura do planeta, foram desenvolvidos dois modelos, estes são:

  Modelo Geoquímico ➝ Estuda a origem, a distribuição e a evolução dos elementos  químicos que fazem parte da composição da Terra. Ele divide o planeta em:


  1. Crosta ➝ É uma camada superficial da Terra, constituída pr rochas. De acordo com as diferenças das rochas, é classificada em crosta oceânica e crosta continental.
           ↳ Crosta oceânica ➝  localizada sob os oceanos com 10 metros de espessura média. Rochas basálticas a constituem principalmente.
              ↳  Crosta continental ➝ localizada nos continentes com espessura média de 35 - 70 km. Constituída principalmente por granito.  


     2. Manto ➝ Camada abaixo da crosta, prolongada até 2900 km. É composta por rochas abundantes em ferro e magnésio. Com base nas diferenças químicas é divida em manto superior  e inferior.
            
           ↳ Manto superior ➝ camada pastosa do magma e de menor densidade. No seu topo movem-se as placas tectônicas.
            ↳ Manto inferior ➝ Possui maior temperatura e densidade.

      3. Núcleo ➝ Zona sob o manto, prolongado até o centro da Terra (6371 km), É constituído por ferro e níquel (NiFe)
             

        Modelo geodinâmico ➝  se baseia nas propriedades físicas dos materiais terrestres. Divide o planeta em:


    1. Litosfera  toda a crosta e parte do manto são englobados por ela. Rochas sólidas e rígidas a constituem, com espessura média de 100km. Camada mais fria e mais fina. 

    2. Atenosfera  Abaixo da litosfera entre 100 e 350 km. Parcialmente fundida e com comportamento plástico, permitindo o deslocamento das placas litosféricas.

    3. Zona de transmissão ➝  comportamento rígido. Abaixo da atenosfera

    4. Mesosfera ➝  prolongado até 2900 km. O material rochoso é sólido.

    5. Endosfera externa  estendida até 5150km. Material rochoso encontra-se no estado líquido.

       Endosfera Interna  região mais interna da Terra onde os materiais se encontram no estado sólido.


     DERIVA CONTINENTAL

    Existem evidências cientìficas de que os continentes já foram, uma vez, uma única porção de terra. Observando essas evidências, um cientista alemão, Alfred Wegener publicou a Teoria da Deriva Continental, esta, afirma que há 200 milhões de anos, todas as terras emersas eram reunidas em um único "supercontinente" ➝ Pangeia. O imenso mar à sua volta é chamado Panthalassa.
    As evidências são:
  1. Litoral leste da parte sul do continente americano e seu encaixe no litoral oeste da África.
  2. Fósseis de animais de mesma época encontrados em diferentes e distantes continentes.
     150 milhões de anos atrás, a Pangeia se dividiu em dois grandes continentes, Lausária e Gondwana. No decorrer de mais alguns milhôes de anos, a separação dos continentes prosseguiu, resultando no formato dos dias atuais. Esse afastamento ocorreu em consequência de alguma força horizontal.

     Wegener acreditava que a força para impulsionara movimentação dos continentes, seria consequência das marés e da rotação da Terra. No entanto, a argumentação física e matemática não eram completamente corretas, assim a ideia foi rejeitada por vários cientistas da época, sendo esquecida.


        TECTÔNICA DE PLACAS

      As evidências que comprovam a teoria do alemão, são resultado de uma intensa exploração do fundo do oceano. Essa comprovação ocorreu no período após a \segunda Guerra Mundial, com o aprimoramento das tecnologias de mapeamento, conseguindo explicar a movimentação dos continentes.
(foto)

      A superfície possui grande número de rachaduras, dividindo a crosta em vários pedaços, as placas tectônicas. Elas estão localizadas na parte líquida/pastosa do magma. No limite entre duas placa, a ocorrência de terremotos, atividades vulcânicas... é muito comum. Cientistas conseguiram identificar as placas com a ajuda do mapeamento desses fenômenos.
    
      Os limites das placas possuem características geológicas próprias, moldando o relevo. Nelas, é possível encontrar, além do cinturão de terremotos, em grandes proções cinturões de montanhas, cadeias vulcÂnicas, fossas submarinas... Essas formações saõ resultado da colisão, afastamento e atrito das placas.

    O movimento das placas tectônicas
  •  Limites divergentes ➝ as placas se afastam
             o magma que estava abaixo ascende e se solidifica, transformando-se em rocha, assim uma nova litosfera é criada da área dos limites divergentes.
     
      Ao longo do oceano Atlântico, o movimento divergente das placas Norte-americana e Eurasiana, deu resultado na Dorsal mesoatlântica ➝ cordilheira submarina com atividade vulcânica ativa e terremotos. Foi esse movimento que separou a África da Amercial do sul.(foto)
  • Limites convergentes ➝ as placas se chocam, sendo que uma fica sobre a outra.
              quando há a colisão, a placa que é empurrada para baixo, é destruída pelo magma.

        As placas cobrem todo o globo, de modo que, quando em algum lugar se separam, em outro colidem, conservando a superfície. Resultando em imensas cadeias montanhosas no relevo. (foto)

  • Limites transformantes ➝ as placas se movem horizontalmente em direções opostas.
               a litosfera não é criada nem destruída. Tal deslizamento gera rachaduras/falhas ao longo do limite das placas. (foto)


     As placas se movem aproximadamente 1 cm por ano. Dessa forma, há 500 milhões de anos, as placas tectônicas vem mudando de posição pela superfície, e consequentemente movimentando os continente. Isso explica a Deriva continental
     Para entenderem fenômenos da litosfera, como: terremotos, maremotos, vulcões..., cientistas estudam as placas tectônicas.

    ABALOS SÍSMICOS   

   Os abalos sísmicos são tremores que ocorrem na superfície terrestre, principalmente em razão de forças naturais no interior do planeta, estando diretamente relacionados com tectonismo das placas. Quando ocorrem nos continentes, são chamados terremotos quando acontecem no fundo do mar, recebem o nome de maremotos.

    A maior parte dos abalos sísmicos ocorre nas bordas das placas tectónicas.

    O interior de uma placa tende a ser estável e menos sujeito a terremotos, como é o caso do Brasil, por exemplo.

    Quando uma placa desliza, choca-se ou afasta-se de outra, libera subitamente ener- mia. Mesmo que o movimento seja pequeno, a energia liberada é imensa e se propaga em ndas de choque.

    A maior parte dos terremotos se origina em baixas profundidades, até cinco quilôme- os abaixo da superfície. O ponto em que um terremoto é gerado chama-se hipocentro.

    Hipocentro é o local no interior da Terra no qual se inicia a ruptura do material rochoso, ocorrendo a liberação de energia sob a forma de ondas sísmicas. O ponto na superfície que se situa acima do foco é chamado de epicentro. Os hipocentros mais profundos foram registrados a centenas de quilômetros de profundidade
(foto)

     ATIVIDADE VULCÂNICA

    O vulcanismo è o processo pelo qual o magma do interior da Terra ascende até a superficie terrestre, emergindo como lava, e resfriando-se para formar rochas vulcânicas Quase todos os 500 a 600 vulcões ativos no mundo estão localizados em bordas de placas convergentes Esses são os vulcões nos quais ocorrem erupções. No entanto, a maior parte dessa atividade incessante passa despercebida porque ocorre no fundo dos oceanos, onde o magma do manto superior sobe e se deposita no solo oceânico, adicio- nando matéria à crosta.

    A composição química do magma e a quantidade de gas que con- tém determinam a natureza da erupção vulcanica. Basaltos carregados de gás produzem cones de lava. Erupções mais violentas ocorrem quan- do grandes nuvens de lava entram em contato com a água, produzindo uma cinza granulada. Elas são produzidas pelo magma que surge de forma explosiva na superficie, expelindo gases e derramando lava der- retida pelas encostas das montanhas a uma grande velocidade.



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